Cosan Logística investirá até R$ 9 bi em expansão nos próximos 10 anos | |
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O presidente da Cosan Logística, Júlio Fontana, afirmou que a companhia vai investir entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões nos próximos dez anos para expansão de capacidade. Esse valor, conforme o executivo, está dividido em R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões em vias permanentes e R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões em material rodante.
O aporte desses valores, porém, está condicionado à concretização da fusão entre a Rumo e a ALL, que está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o presidente da Cosan, Marcos Lutz, o investimento em material rodante é de execução mais fácil, de forma que a maior parte dos aportes planejados deve ter sido executada nos primeiros cinco anos. Já a aplicação de recursos em vias permanentes é um pouco mais complexa, de forma que a maior parte deve ser executada no médio prazo. “O que buscamos é conquistar a qualidade projetada para esses equipamentos e isso será feito nos primeiros cinco anos”, afirmou, em apresentação para analistas e investidores em Nova York. Questionado por um analista sobre o fato de a ALL não ter gerado caixa nos últimos sete anos e o que poderá ser feito para reverter esse quadro, o executivo destacou que reduzir o custo de capital é um dos maiores desafios. “Acredito que a infraestrutura ferroviária é de capital intensivo. É preciso reduzir o custo de capital, não evitá-lo”, comentou. Para Lutz, a existência no país de linhas de financiamento subsidiadas, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representa uma oportunidade “fantástica”. “Há subsídio para esse tipo de investimento e é preciso fazer uso disso. Eles [ALL] tentaram fazer o melhor trabalho, mas sem a qualidade de ativo requerida”, disse. Risco O negócio de logística da Cosan é o que apresenta maior potencial de crescimento e, paralelamente, mais riscos. A afirmação foi feita pelo presidente Marcos Lutz e pelo diretor vice-presidente de finanças e de relações com investidores Marcelo Martins. “O negócio de logística é, definitivamente, o que tem maior potencial de crescimento. Ele está perto de uma grande recuperação [turnaround]. E as grandes oportunidades trazem riscos junto”, afirmam. Segundo a administração da empresa, o Brasil não possui um sistema eficiente de transporte por meio dos rios, e as ferrovias se mostram rentáveis. “Estamos investindo muito dinheiro nisso. Temos oportunidades muito relevantes a longo prazo, começando pelo próximo ano.” Capital A Cosan, que se encontra em meio ao processo de reestruturação do grupo, afirmou ainda que não planeja fazer nenhum aumento de capital. De acordo com Lutz, a Cosan estará aberta para fazer parcerias estratégicas. “Será uma das coisas a se fazer.” Segundo o executivo, a Cosan busca consolidar as suas bases com a reestruturação, fazer com que cada área de negócios seja mais focada e eficiente. “Nós acreditamos que cada área pode ser mais independente, focada nos resultados. Nosso portfólio atual é o mais resiliente que já tivemos”, afirmou o presidente. “Esclarecemos que a Cosan Limited (CZZ) não será uma empresa de private equity. Somos operacionais e vamos continuar focados nisso”, completa. | |
Fonte: Valor Econômico - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=28789555&id_grupo=1&id_canal=1&p=1 |
terça-feira, 25 de novembro de 2014
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