O Pacto Nacional da Construção Civil, que visa aperfeiçoar e igualar as condições de trabalho nos canteiros de obras de todo o País, não tem o aval do Sinduscon-CE, em se tratando dos termos econômicos.
“Se o pacto for assinado pelo Governo Federal, só vão ficar de pé as construtoras do eixo Rio-São Paulo.O resto quebra”, afirma o presidente do Sinduscon-CE, Roberto Sérgio Ferreira. “Somos contra a base salarial nacional, porque há diferenças regionais,e contra a representação sindical dentro do canteiro de obra, que só vai gerar discórdia”. O Sinduscon-CE é a favor das cláusulas de segurança do trabalho.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem (Sintepav-CE), Raimundo Nonato Gomes, é preciso isonomia salarial nacional porque as diferenças são grandes, de até R$ 350 para a mesma função: “É difícil negociar seja com empreiteira, seja com construtora. Queremos reajuste de 25% para os trabalhadores”.
De acordo com o Sintepav-CE, se não houver acordo até o dia 25 deste mês, será lançado edital de 48 horas para que as grandes obras do Estado comecem a parar. São elas: Transnordestina, transposição do rio São Francisco, siderúrgica, Porto do Pecém, as obras de mobilidade urbana e de saneamento básico. (Luar Maria Brandão)
Números
300
obras é a média em andamento na Região Metropolitana de Fortaleza
54
mil é o número médio de trabalhadores da construção civil em Fortaleza
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/04/17/noticiasjornaleconomia,2822136/pacto-e-rejeitado.shtml
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