terça-feira, 19 de junho de 2012

Dissídio entre ferroviários e metroviários e a CBTU deve ser julgado semana que vem

Mais uma vez encerrou-se sem acordo a tentativa de conciliação entre a CBTU e os sindicatos de metroviários e ferroviários de Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e da Zona da Central do Brasil (RJ) mediada no Tribunal Superior do Trabalho, em audiência hoje (15) à tarde, pelo ministro Marco Eurico Vitral Amaro. O dissídio coletivo de natureza econômica instaurado pelos trabalhadores irá a julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDC), juntamente com o dissídio de greve ajuizado pela CBTU.
Na abertura da audiência, os representantes da CBTU informaram que não houve evolução nas negociações, e que a empresa mantinha a proposta formulada na audiência anterior (reajuste salarial de 2% e a manutenção das cláusulas sociais em vigor, mediante suspensão da greve). Os trabalhadores, por seu lado, afirmaram que persistia a falta de vontade da CBTU em negociar, e que a empresa estaria adotando práticas antissindicais.
Diante do impasse, o ministro Márcio Eurico Amaro conclamou os metroviários e ferroviários a voltar ao trabalho, uma vez que o dissídio já foi submetido à Justiça do Trabalho. "A greve é um mecanismo de negociação, e não se justifica a manutenção da paralisação depois da instauração do dissídio coletivo, sobretudo diante do compromisso da empresa, assumido na audiência anterior, de retomar a negociação no caso de encerramento da greve", ponderou.
Depois de um breve intervalo, os trabalhadores informaram que submeteriam a proposta de suspensão da greve às assembleias da categoria marcadas para hoje e amanhã, desde que a CBTU garantisse a compensação dos dias parados e a manutenção das cláusulas já acordadas. Após novo intervalo, foi a vez da empresa dizer que concordava com a garantia das cláusulas sociais, mas descontaria os dias de paralisação.
Antes de encerrar a audiência, o relator propôs, como fórmula de conciliação, a manutenção das cláusulas do acordo anterior e a inclusão das já acordadas e reajuste salarial de 4% sobre todas as cláusulas econômicas, mas novamente não houve acordo. Segundo o ministro, o dissídio deve ser julgado já na próxima semana.

(Carmem Feijó)

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