sexta-feira, 2 de maio de 2014

Em defesa da ética na vida e na política


Sai governo e entra governo e a corrupção em todas as esferas públicas não cessa no Brasil. Todas as políticas sociais e as negociações políticas que sustentam os nossos governos são costuradas na cultura da corrupção.

O dinheiro público é vítima das mais diversas e infinitas práticas de desvios. A imprensa divulga os escândalos da vida política, mas a corrupção não cessa. A sociedade comenta diariamente os mesmos escândalos, mas a corrupção não cessa.

Muito se fala de ética, mas pouco se faz na prática. O Brasil está vivenciando o poder das redes sociais em manifestações de rua em todo o território nacional. Os protestos resultam, principalmente, da corrupção das pessoas públicas e das instituições públicas. Em outras palavras, da falta de ética.

O século XXI nos coloca diante do desafio de voltar à ética como sustentação vital do ser humano e das políticas sociais de uma nação. A ética importa acionar a capacidade em todos os âmbitos de nossa vida e de nossas organizações.

A ética permite elaborar delimitações protetoras da vida em comum e do respeito da dignidade humana em cada pessoa. Promovem-se valores, estabelecem-se normas, constituem-se significantes geradores de mobilização e de adesão. A virtude maior que brota da ética é, sem dúvida, a justiça. Uma sociedade bem ordenada não poderá prescindir dela. A justiça se encontra no coração da ética.

O pulsar ético de uma sociedade, portanto, leva-a necessariamente à justiça que, aliada ao cultivo da cidadania, dá um direcionamento claro à vida e repercute nos comportamentos pessoais e nas ações coletivas.


Fonte: http://www.cobap.org.br/capa/lenoticia.asp?id=57360

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