terça-feira, 10 de junho de 2014

Procuradoria denuncia mais 4 executivos por ligação com cartel de trens

Funcionários da CAF teriam integrado esquema de fraude em contrato para reforma de trens da CPTM
Quatro executivos da fabricante espanhola de trens CAF foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público (MP) Estadual de São Paulo, acusados de integrar o cartel formado para contratos de obras de metrô e trem em São Paulo, segundo informações publicadas nesta segunda-feira no site do jornal O Estado de S. Paulo. Agora, são 34 os executivos denunciados pelo MP por formação de cartel e fraude em licitações de trens e metrô do Estado, de 1998 a 2008.

A mais recente denúncia tem como suporte e-mails repassados à Procuradoria pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “São mensagens comprometedoras, contundentes”, afirmou à publicação o promotor de Justiça Marcelo Mendroni, do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec). Os quatro executivos foram denunciados por suspeita de fraude em contrato para reforma de trens das séries 2000, 2100 e 3000 da CPTM. Outros dez executivos já haviam sido denunciados por envolvimento nesse projeto – dois da Alstom, dois da Daimler Chrysler Rail Systems (Brasil) Ltda/Bombardier, 2 da Temoinsa, um da Mitsui, um da T’Trans, um da Tejofran, e um da CAF.

Em março, o MP de São Paulo apresentou cinco denúncias criminais contra trinta executivos de doze empresas por formação de cartel e fraude em cinco licitações de trens e metrô. A denúncia tem base em acordo de leniência firmado pela empresa alemã Siemens com o Cade. No total, doze executivos da Siemens foram denunciados, alguns deles da matriz alemã da empresa. Os seis executivos que firmaram o acordo de leniência não foram acusados pelo MP porque a lei de concorrência brasileira protege os colaboradores. Na ocasião, além da Siemens, foram denunciados funcionários da Alstom, CAF, Bombardier, T`Trans, Mitsui, MGE, Temoinsa, Tejofran, Balfour Beatty, Hyundai-Rotem e Daimler-Chrysler.

Todos os executivos foram denunciados por três crimes, um de formação de cartel e dois de tipos distintos de fraude a licitação. As penas em caso de condenação variam de dois a quinze anos de prisão. No total, os onze contratos referentes às cinco licitações, com os respectivos aditivos, somam 2,8 bilhões de reais, em valores não atualizados.

Fonte: Veja.com - http://www.sinfer.org.br/site/ultimas_noticias.asp?id_noticia=21145115 

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