Tarifa de luz deve subir mais se leilão não baixar preço à metade
O mercado atribui o fracasso ao preço-teto da energia, artificialmente baixo

A conta do setor elétrico neste ano será ainda mais salgada para o consumidor do que o estimado pelo governo anteontem, se o leilão de energia marcado para abril não seja bem-sucedido.
Mas, no mais recente leilão semelhante, promovido pelo governo em dezembro, a oferta de energia não chegou nem à metade da necessidade de contratação das distribuidoras. O mercado atribui o fracasso ao preço-teto da energia, artificialmente baixo, que espantou as empresas.
"Os R$ 8 bilhões são uma expectativa, considerando o que já ocorreu até hoje e o que vai ocorrer até o fim do ano. Imaginando que o leilão vai mitigar todo o problema até o fim do ano", disse o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufino. "O financiamento pode ser maior, se não resolver todo o problema."
Os empréstimos serão levantados pelas distribuidoras por meio da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e terão como garantia os repasses integrais desse custo às tarifas.
Ontem, a CCEE anunciou que o preço da energia novamente atingiu o teto e deve ser comercializada até o fim da próxima semana pelo valor de R$ 822 -71% mais que o esperado pelo governo no leilão de 25 de abril.
DISTRIBUIDORAS
A Folha entrou em contato com dez distribuidoras, do Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, mas nenhuma quis comentar as medidas do governo.
http://www.wscom.com.br/noticia/economia/TARIFA+DE+LUZ+AINDA+PODE+SUBIR+EM+ABRIL-166033
Folha Online
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