Trabalhador pagará a crise de energia
Para evitar aumento da conta de luz em ano eleitoral, o governo anunciou um pacote de socorro às empresas de distribuição de energia elétrica de R$ 12 bilhões. Para a contabilidade fechar sem "sangrar" o Tesouro, o governo decidiu pelo aumento de imposto nos próximos meses.
O pacote será desmembrado. A maior parte do dinheiro, R$ 8 bilhões, virá de um financiamento bancário à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde é negociada a energia disponível das geradoras às distribuidoras. Isso implica no envolvimento direto de bancos públicos na operação e o aumento futuro das tarifas como garantia para cobrir o aporte de recursos.
Com a estiagem, o preço da energia disparou e há mais de um mês está no teto permitido pelo governo, de R$ 822 por megawatt/hora (MWh). Com o alto consumo, as distribuidoras são forçadas a adquirir energia muito cara, das usinas térmicas, e vender muito barato, já que a conta de luz é mantida em patamar baixo desde o início de 2013.
Outros R$ 4 bilhões do pacote virão dos cofres públicos - serão aportados pelo Tesouro Nacional no principal fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento de Energia (CDE). Finalmente, o governo vai realizar um leilão de energia nova, mais barata, no fim de abril, para ampliar a oferta às distribuidoras. A tarifa deve subir no ano que vem e o trabalhador arcará com o custo da crise energética do país. 
http://www.cobap.org.br/capa/lenoticia.asp?id=57295
Maurício Oliveira – Assessor econômico
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